Ucrânia sob ataque: a escalada silenciosa da guerra Enquanto o mundo se distrai, drones avançam sobre Kiev.

Mais de 100 drones russos atingiram cidades ucranianas em um dos maiores ataques aéreos desde o início do conflito. O pedido de trégua feito por Zelensky não conteve a ofensiva.
Na madrugada do dia 10 de maio, a Ucrânia viveu mais uma noite de terror. Em um dos ataques mais intensos do ano, a Rússia lançou mais de cem drones em diferentes regiões do país, provocando explosões, incêndios e perdas humanas.
A ofensiva acontece logo após o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pedir uma trégua temporária de 30 dias para resgate de civis e reorganização estratégica. O pedido, ignorado por Moscou, escancara a fragilidade das tentativas de cessar-fogo em um conflito que já dura mais de três anos.
Os drones atingiram regiões residenciais e áreas industriais em cidades como Kharkiv, Odessa e Kiev. Segundo o governo ucraniano, pelo menos 14 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas. As Forças Armadas da Ucrânia conseguiram neutralizar parte dos equipamentos, mas o volume de ataques sobrecarregou o sistema de defesa.
O bombardeio também impactou hospitais, escolas e centros de refugiados. Organizações humanitárias como a Cruz Vermelha e Médicos Sem Fronteiras denunciam a dificuldade de atuação diante da intensidade dos ataques.
Enquanto isso, líderes europeus reforçam sanções contra Moscou, mas evitam envolvimento direto. A guerra se tornou parte da paisagem noticiosa — constante, mas quase invisível para quem está fora dela.
“A guerra não parou. O mundo é que se acostumou com ela.”
O ataque com drones é um lembrete de que, mesmo longe dos holofotes, o sofrimento continua. A crise na Ucrânia não é só uma disputa de territórios — é uma tragédia humana em tempo real. E merece mais do que silêncio internacional: exige compaixão, voz e ação.