Revista Aliançados

Entendendo o conflito Israel–Irã e as Profecias Bíblicas
  1. Contexto histórico do conflito

Iran (antiga Pérsia) e Israel mantinham relações neutras ou até positivas antes de 1979. A Revolução Islâmica instaurou um governo teocrático xiita, sob liderança de Aiatolás Khomeini, que adotou postura radical contra Israel, rotulando-o de “regime ilegítimo” e “parte do imperialismo ocidental”

Desde então, o Irã intensificou seu apoio a grupos militares como Hezbollah (no Líbano), Hamas (na Faixa de Gaza) e os Houthis (no Iêmen), usados como “proxy” para combater Israel . Simultaneamente, desenvolveu um programa nuclear que Israel e seus aliados consideram uma ameaça existencial

  1. Origem do ódio e motivações religiosas

O ódio do Irã contra Israel tem raízes:

  • Ideológicas: o regime interpreta Israel como usurpador de terra muçulmana e como um alvo legítimo segundo sua doutrina xiita .
  • Religiosas: discursos de líderes iranianos constantemente pregam “morte a Israel” e apresentam o “Zionismo” como mal absoluto
  • Geopolíticas: o Irã busca liderança regional e vê Israel e seus aliados ocidentais como barreiras a essa ambição .
  1. Evolução recente do conflito

Embora antes operassem por meio de proxies, nos últimos anos houve escalada:

  • Em abril de 2024, o Irã lançou centenas de drones e mísseis, marcando a primeira agressão direta a Israel.
  • Israel, por sua vez, reagiu com várias operações aéreas e drones, incluindo “Operation Days of Repentance” em outubro de 2024, visando capacidades nucleares e defensivas iranianas.
  • Em junho de 2025, Israel lançou a operação “Rising Lion”, com ataque direto a centros militares iranianos e ao Quds Force (força de elite do IRGC)
  • O Irã respondeu com mísseis contra áreas civis em Israel, registrando dezenas de mortes e centenas de feridos.

  1. Por que o Irã odeia os judeus?

  • Antissemitismo religioso e político: Após a Revolução, o Irã institucionalizou retórica de ódio antissemita e hostilidade ao sionismo
  • Uso do “inimigo” Israel para mobilização interna e afirmação de poder .
  • Projeção de influência regional: conservar e financiar conflitos contra Israel é ferramenta estratégica para manter apoio dentro do bloco xiita e entre nações hostis a Israel .
  1. Profecias bíblicas envolvendo Irã (Pérsia)

 a) Ezekiel 38–39 (Gogue e Magogue)

Esses capítulos retratam um ataque futuro contra Israel, conduzido por líderes do norte (Gogue, Magogue), com apoio de “Pérsia” (Irã), junto com outros países como Tirias, Libéria, Etiópia.

Muitas correntes interpretam o atual cerco a Israel como prenúncio desse conflito profético.

b) Jeremias 49:34–39 (profecia contra Elão/Pérsia)

Jeremias fala da queda do futuro Elão, interpretado por estudiosos como referência direta ao Irã moderno, como punição divina nos últimos dias.

c) Ezekiel 38:5–6

Menciona explicitamente “Pérsia” como parte da coalizão adversária de Israel .

  1. Ligações entre Trump, EUA e diplomacia

Os EUA, sob Trump, apoiam ativamente Israel mas evitam incursões diretas no Irã. Washington tem enviado força naval e diplomacia, tentando evitar escalada. O Irã expressa abertura para negociação nuclear somente se Israel suspender sua campanha militar.

  1. Por que esse conflito importa biblicamente e geopolíticamente?

  • Geopolítica: trata-se de um embate entre potência regional (Irã) e Israel, que conta com apoio dos EUA e ocidental. O conflito pode alterar o equilíbrio do Oriente Médio, o preço do petróleo e a segurança global.
  • Profecia Bíblica: para muitos cristãos, os embates envolvem a consumação das profecias messiânicas, especialmente a batalha de Gogue e Magogue .
  • Chamado à oração: diante da crise global, crentes são chamados à intercessão por Israel e por sabedoria das nações envolvidas.
  1. Resumo final

  • Origens: Revolução Islâmica de 1979, doutrinas xiitas, e hostilidade ideológica a Israel.
  • Motivação religiosa/política: antisemitismo, rejeição ao Ocidente, projeção regional via proxies.
  • Escalada militar recente: ataques diretos, operações aéreas, assassinatos de oficiais, retaliações com mísseis e drones.
  • Profecias bíblicas: conflitos envolvendo Irã/Pérsia e Israel previstos em Ezekiel e Jeremias.
  • Importância global e espiritual: impacto nas alianças internacionais e relevância na perspectiva escatológica cristã.

Conclusão:
O conflito Israel–Irã revela uma mistura de ansiedades geopolíticas, ódio religioso e tempos proféticos se cumprindo. Como cristãos, somos chamados a buscar entendimento, oração e esperança no uso soberano de Deus sobre as nações.

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