Imagine a seguinte situação: você acordou numa manhã e percebeu que todos os seus pensamentos podiam ser percebidos claramente por outras pessoas, como se pudessem ouvir exatamente o que está passando pela sua mente. Isso seria um problema ou você ficaria tranquilo? O que você faria se todos os seus pensamentos fossem expostos em tempo real? Para os judeus dos tempos bíblicos, o coração era o centro dos pensamentos, ou seja, afirmar que era necessário amar a Deus com todo o coração significava amar a Deus com todo o intelecto e todas as emoções. Desde muito cedo, a idolatria foi um grande problema entre os israelitas, o que causou muito sofrimento ao povo de Deus. No texto da leitura de hoje, Deus fala ao profeta Ezequiel que as autoridades do povo, que foram consultar ao Senhor por seu intermédio, tinham erigido ídolos em seus corações. Eles guardavam seus próprios deuses em seu interior. Por fora, pareciam homens que buscavam a Deus sinceramente, mas por dentro, haviam se afastado dele. O ídolo nada mais é do que aquilo que toma o lugar de Deus, isto é, pode ser qualquer coisa que seja cultuada, venerada ou que ocupe em nossa vida o lugar que é de Deus. Assim, o dinheiro, as posses, o trabalho, um time de futebol e até mesmo um familiar pode ser um ídolo. Há pessoas que jamais perdoariam a Deus se ele levasse um de seus filhos. Nesse caso, o filho ocupa um lugar de primazia em relação a Deus. Também conheço alguns que não teriam problemas em deixar de participar de cultos por muito tempo, mas jamais deixariam de acompanhar o seu time de coração. Enfim, são muitas as possibilidades de se criar um ídolo no coração – visível ou invisível. Deus sonda, vê e conhece o coração de cada um (1Sm 16.7). Uma vez que Deus vê o seu coração agora, há algum motivo para você se acertar com ele?