Estudantes de Vitória-ES vivenciam aula na Língua Brasileira de Sinais (Libras)

Você sabe se comunicar utilizando a Língua Brasileira de Sinais (Libras)? Na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Adão Benezath, que fica no bairro Antônio Honório, três professores realizaram uma ação de vivência bilíngue na unidade de ensino, em Português e em Libras.

O objetivo, além de proporcionar uma vivência em aula em Libras, era envolver os 45 estudantes do 9º ano, turno matutino e leva-los a ter experiência no mundo das pessoas surdas. Para isso foi realizada uma dinâmica de apresentação em Libras. Os responsáveis pelo planejamento da ação foram os professores Alberto Oliveira Leite, que é regente de Libras na EMEF, Tatiana Marques Rodrigues, professora Intérprete de Libras, e Satira Campo Bigossi Denadai, que leciona Geografia e Tecnologia Educacional.

“Ocorreu uma dinâmica dentro da sala de aula, na qual foi trabalhada a comunicação em Libras com uma pessoa surda e uma intérprete. No começo, os estudantes ficaram um pouco tímidos e confusos, mas logo se envolveram na atividade e ficaram super interessados. Além de vivenciar a aula em Libras, os estudantes também ganharam experiência para quando encontrarem pessoas surdas e, nesse sentido, incluí-las na comunicação”, destacou a professora Satira.

A vivência pedagógica na sala de aula já ultrapassou os muros da escola e possibilitando uma nova ponte para a inclusão. A estudante Mirella Dias conhece uma pessoa deficiência auditiva e, após a aula bilíngue, conseguiu conversou com ela. “É importante aprender essa comunicação, porque nós vamos usar essa linguagem em algum momento na nossa vida”, afirmou a estudante.

Cidadania

Mais do que a possibilidade de se comunicar com as pessoas com deficiência auditiva, a vivência bilíngue na escola é também uma ação de cidadania, inclusão e de protagonismo dos estudantes.

“Por meio de uma ação como essa, é possível compreender melhor a situação da cultura surda no Brasil, além de possibilitar um novo aprendizado em outra linguagem, oportunizando ao estudante outras relações com pessoas surdas”, avaliou a pedagoga Delma Santos Silva.

O diretor da EMEF Adão Benezath, José Honor, destacou a importância de pessoas ouvintes também saberem se comunicar por meio da Língua Brasileira de Sinais com pessoas surdas.

Quando nós, não surdos, fazemos uso da linguagem de sinais, torna-se mais viável e mais fácil o processo de inclusão das pessoas surdas. Quando nós aprendemos a Libras, tornamos possível a comunicação direta com essa comunidade. Então, é fundamental que os estudantes tenham acesso a essa vivência, pontuou.

 

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