Maria, uma mulher comum e simples, que vivia em Nazaré da Galileia, é surpreendida pela visita de um anjo que lhe traz uma missão totalmente fora do roteiro que ela esperava para a sua vida: fora agraciada por Deus e escolhida para tornar-se mãe de Jesus, que reinaria sobre toda a humanidade! Que privilégio e responsabilidade! Quando o anjo Gabriel lhe explicou como seria sua missão, ela não poderia reagir de forma mais adequada: “Sou serva do Senhor; que aconteça comigo conforme a tua palavra” (v. 38).

Como você reagiria se tivesse o privilégio singular que Maria teve? Como você processaria o fato de tornar-se responsável por um bebê que viria a ser o Salvador do mundo? Muitas coisas devem ter passado na cabeça dela, mas ela soube entender o seu devido lugar e, de forma magistral, ensinou-nos duas lições importantíssimas. A primeira foi reconhecer a necessidade de ter um salvador pessoal. Quando exclama, em forma de cântico, “o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador” (v. 47), reconhece claramente que, mesmo sendo a mãe de Jesus, do Salvador do mundo, precisava ela mesma ser salva por ele. Não há outro caminho para junto de Deus a não ser por intermédio de Jesus Cristo (Jo 14.6). Em Atos 1.14, encontramos Maria no grupo de convertidos e seguidores de Jesus.

Mas ela também nos ensina que Jesus deve ser o Senhor de nossas vidas, quando exclama “minha alma engrandece ao Senhor”. Jesus quer e pode ser não apenas nosso Salvador, mas também nosso Senhor. O senhorio de Jesus sobre a vida cristã é uma das questões mais complexas que o cristão tem para compreender e praticar. Maria resume isso de forma muito objetiva, naquele casamento em Caná da Galileia, quando ordena aos servos: “Façam tudo o que ele lhes mandar!” (Jo 2.5). Se entendermos isso, teremos compreendido as lições de Maria.

Cada pessoa precisa de Jesus como Salvador e como Senhor da sua vida.