Leitura Bíblica:
Levítico 8.1-12,30

[Moisés] derramou o óleo da unção sobre a cabeça de Arão, e ungiu-o para consagrá-lo (Lv 8.12)

O capítulo em que está o texto bíblico de hoje descreve o ritual de consagração dos sacerdotes – aqueles que seriam encarregados do culto a Deus, em especial da realização de sacrifícios – com muitos detalhes que deveriam ser cumpridos. Um deles era a unção com óleo, feita para dedicar uma pessoa ou um objeto para o Senhor. Este momento foi tão especial na vida de Moisés, Arão e todo o povo de Israel que o salmo 133 o menciona (v.2) quando fala a respeito do convívio em união entre os irmãos. Arão já vinha auxiliando Moisés na condução do povo hebreu a caminho da Terra Prometida desde a saída do Egito. Esta liderança não foi fácil para eles, pois tiveram de lutar muito para tentar preservar a unidade entre todos os peregrinos no deserto, assim como hoje também acontece entre os filhos de Deus.

A unção que cada cristão recebe é o próprio Espírito Santo (veja 1Jo 2.20,27). Ao ser consagrado e dedicado ao Senhor, seu papel é buscar a unidade e a união onde parece que nunca haverá; ser um agente de paz em meio às guerras. Deve promover a alegria diante do caos, pronunciando as palavras certas em ambientes conflituosos. Exercendo um “sacerdócio santo” (1Pe 2.5) e oferecendo a si mesmo como um sacrifício vivo, está sempre na contramão do que dita o mundo sem Deus. Busca a sensatez da Bíblia em meio às confusões e demonstra que a sua força vem do Senhor. Ao orar por alguém que está doente, crê que Deus possa curá-lo se assim desejar. É servo, amigo, companheiro; um bom cônjuge, filho, profissional e cidadão.

Tudo isso parece muito difícil? A questão é que o cristão não faz nada disso por suas próprias forças. Assim como a unção capacitava os sacerdotes para exercer suas funções, o Espírito Santo é que possibilita àquele que foi ungido por ele a servir a Deus conforme Jesus ensinou por meio de seu exemplo.