Devocional – Sem preconceito

Leitura Bíblica:
Isaías 56.3-7

Que nenhum estrangeiro, que se uniu ao SENHOR, diga: Certamente o SENHOR me separará do seu povo; nem o eunuco deve dizer: Eu sou uma árvore seca (Is 56.3).

Um texto como esse é maravilhoso numa sociedade em que se ouvem constantes acusações de intolerância, em que cada grupo trava uma verdadeira guerra contra os demais, reivindicando seus direitos e liberdades e ignorando os dos outros.

Aparentemente, o estrangeiro tinha receio de ser rejeitado no culto ao Senhor e na comunidade do seu povo. O mesmo valia para o eunuco. Era o que determinava a Lei de Moisés, a antiga aliança. Durante o exílio, com certeza muitos judeus foram obrigados a servir pagãos ricos e poderosos, sendo, conforme o costume cruel daqueles povos, transformados em eunucos. Mas Isaías anuncia aqui um novo tempo, uma nova aliança de Deus com seus filhos. Haveria restauração para os israelitas, sim, mas ela inesperadamente incluiria também os gentios. Isso revela o caráter universal do amor de Deus: todos, sem distinção, que voluntariamente se submetessem ao Senhor e fizessem aquilo que lhe agrada passariam a pertencer ao seu povo, tendo livre acesso a todos os benefícios de um relacionamento pessoal com Deus. Ele promete levá-los pessoalmente ao seu “santo monte de Sião” e aceitá-los em sua presença.

No Novo Testamento, a mensagem divina é ainda mais clara na proibição de fazer acepção de pessoas: “Meus irmãos, como tendes fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, não façais discriminação de pessoas” (Tg 2.1). Quando se trata da possibilidade de ser reconciliado com Deus, “não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher, porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gl 3.28). Na igreja de Jesus, deve haver lugar e recepção amorosa para todos que se aproximam, arrependidos de sua rebeldia contra o Senhor e dispostos a começar uma nova vida com ele.

Genevaldo Edino de Souza Bertune, Jundiaí/SP

O filho de Deus imita seu Pai em tudo: inclusive no amor por todas as pessoas, sem distinção.

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