Pastor José das Dores, uma história de amor, superação e fé

Uma linda história de amor, exemplo de vida, superação, fé,  trabalho,  realização de sonhos e amor pela obra de Deus


Casamento é uma vida de perdão,  diz assim o Pr. José da Dores.

Sabedoria, unção de Deus, amor, amizade verdadeira, carinho, cuidado, valorização, responsabilidade,  respeito, exemplo  de  vida, simplicidade, habilidade, submissão e lealdade são alguns dos atributos latentes que uma multidão de amigos, colegas de ministério, Lideranças no Brasil, filhos na fé e a família enxergam nesse homem de Deus que completou 82 anos.

O Pastor José das Dores Braz, nasceu no dia 29 de maio de 1939, na cidade do Serro, interior de Minas Gerais. Hoje ele possui tripla cidadania, foi homenageado com títulos de cidadão honorário de Belo Horizonte e de Matozinhos. Filho de João Gualberto Braz e Ana Lina Braz, logo quando nasceu foi vítima de uma infestação de carrapatos que quase lhe custou a vida.

Nascido em uma família pobre com mais quatro irmãos: Adão, Eva, Maria Liduvina e Salvelina, seu pai demonstrava uma preferência por ele, e ele se aproveitava da proteção do pai para afrontar os irmãos. Mas o pai morreu cedo, fato que lhe deixou com dois inimigos dentro de casa; razão pela qual ele saiu muito cedo para trabalhar, ajudando em fazendas da região. Sua mãe, dona Ana, sempre foi uma mulher muito enérgica, porém muito sabia o que contribuiu para que ele crescesse dono de um caráter irrepreensível. Também herdou da mãe a confiança em Deus, mesmo não o conhecendo de verdade.

Começou a trabalhar muito cedo, teve uma infância muito pobre, passou fome, e por muitas vezes só tinha mandioca para comer, comida que está entre as que ele mais gosta. Quando criança seu passatempo favorito era brigar, o que o fez entrar em muitas confusões. Principalmente com os irmãos.

Um dia por um desentendimento com o irmão mais velho, saiu de casa com a intenção de trabalhar e comprar uma arma para matá-lo. Quando juntou o dinheiro e saiu para cumprir seu intento, deparou-se com a mãe precisando comprar um óculos.

Compadecido, ele deu o dinheiro para a mãe, e o ódio que estava em seu coração com o tempo foi dissipado, ele e o irmão se tornaram grandes amigos. Seu irmão teve problemas mentais mais tarde, e quando ele surtava, era o único que ele deixava se aproximar, o único em que ele confiava.

Na infância gostava muito de estudar, mas não teve oportunidade, foi alfabetizado aos 12 anos na roça, mas não pode continuar estudando por causa da necessidade de trabalhar; estudou o primeiro e o segundo ano e não pôde mais continuar.

A vida na roça era muito dura. Sua família não pode sequer enterrar seu pai, pois morreu na capital e não tiveram dinheiro para providenciar o enterro. Seu pai marceneiro, antes de morrer recebeu um dinheiro para fazer um telhado que não pôde terminar, pois caiu e ficou doente. Sua mãe mandou que José fosse dar satisfação ao homem que havia contratado o serviço de seu pai, e quanto ele chegou para dar o recado, o homem bateu na mesa e gritou bem alto, dizendo que o pai dele era um safado, que para buscar o dinheiro dele estava bom, humilhou o menino e mandou embora. Naquele dia ele decidiu que nunca ficaria devendo nada a ninguém, promessa que o faz viver cauteloso e com os pés no chão, e nunca fez uma dívida que não pudesse pagar.

Da infância pobre nasceu o amor pelos bichos, em especial, pelo cavalo, que é sua grande paixão. Quando criança, sempre descalço, colocou um sapato no pé pela primeira vez aos 16 anos. Com 20 anos, teve que ir para a capital, em busca de emprego e pensando em completar seus estudos. Estava noivo e pensava em conseguir um emprego, para voltar e casar. Quando voltou acabou se desentendendo com a noiva, e depois de um tempo, casou com a irmã dela.

Casou-se em 11 de julho de 1964, com a querida Maria das Neves de Sena Braz, filha de José Grigório de Sena e Rosa Amelina dos Santos, a Neves nasceu em 05 de agosto de 1947. Um casamento com muito amor, em um tempo muito feliz, felicidade que aumentou com o nascimento de sua primeira filha, Olívia, que sempre foi o orgulho do pai, que a levava para todos os lugares aonde ia e ali nascia um laço muito forte entre os dois. Após dois anos, nasceu seu primeiro filho homem, Osias. A família estava muito feliz.

Com muita dificuldade iam construindo seus sonhos, com muita saúde e disposição a Neves cuidava do lar e dos filhos e ajudava como podia na construção da casa. Em 1967, após um desentendimento com um vizinho, ela ficou doente por causa de uma obra maligna. Essa doença entrou para destruir a família. Apesar de ser muito trabalhador, tralhando durante o dia com caminhão e à noite com taxi, o dinheiro nunca sobrava, pois tudo era gasto na tentativa de achar a cura e nos remédios que os médicos receitavam. A miséria era tão grande que ele só tinha uma calça para vestir, chegava em casa vestia uma bermuda para lavar a calça.

O maior sonho dele era a cura da esposa, procurando em todos os lugares, com médicos, benzedeiros, pai de santo, e tudo ficava piorava. Com uma irritação, sem motivos reais, sua esposa maltratava os filhos, sendo muitas vezes de forma cruel e desumana. Aquela situação era tão angustiante que José das Dores saia para trabalhar pela necessidade, mas ia com o coração amargurado e temeroso. O tempo ia passando e, ainda em meio a muito sofrimento, nasceu o terceiro filho, Oracy. Nesse tempo de dor e sofrimento que se perpetuaram por sete anos, muitas tristezas abateram a família, inclusive o aborto de suas filhas, em uma gravidez interrompida, pois o médico disse que o feto estava crescendo junto com mola (doença infrequente que ocorre em duas ou três de cada 1000 gestações). Diante desse diagnóstico, resolveram interromper a gravidez.

No entanto, feita a cirurgia, viu-se que eram duas meninas que nasceriam perfeitas sem nenhum problema, mas não aguentaram a precocidade –  tinham apenas 6 meses de gestação –  viveram por 6 horas e vieram a falecer, Maria do Carmo e Maria de Lurdes, nomes com que foram registradas, e um tempo depois, nasceu a quarta filha, Nilciana.

Sua esposa estava mais angustiada, agressiva, nervosa e depressiva a cada dia. Os irmãos cresciam aos cuidados uns dos outros, tornando a vida muito difícil para a Olivia que amava muito o pai, mas odiava a mãe, chegando ao ponto de desejar a morte dela. Como o tempo ia passando, a miséria, as dívidas, a angústia e as dores iam aumentando, sua esposa perdeu toda a esperança de vida e começou a tramar a própria morte.

Para piorar a situação sua esposa começou a ter alucinações causadas por demônios, ela ouvia vozes, pessoas chamando por ela, como ela não encontrava ninguém, trancava as crianças em casa e ia atrás do seu esposo no serviço. Em certa ocasião, nervoso, chateado, com vontade de mandá-la voltar para casa, José das Dores foi a um banheiro sujo, no fundo do armazém, orou a Deus e pediu uma solução, pois ele não aguentava mais.

Pouco tempo depois, conversando com uma conterrânea que trabalhava no INPS, e que acompanhava todo o sofrimento deles, vendo que com todas as consultas nada melhorava, perguntou se ele estava comprando os remédios que o médico prescrevia, ele a convidou para ir a sua casa e ver pessoalmente. Quando ela chegou lá e viu o estado em que estava a Neves, ela lhe deu um conselho que era a resposta da oração que ele havia feito.

Ela lhe disse que ele a levasse a uma igreja. Ele respondeu que pertencia à igreja, pois sempre foi católico praticante. Ela esclareceu que não era daquela igreja a que ela se referia, contou que havia um missionário curando na rua Lagoa Santa no bairro Carlos Prates. Ele disse: “Isso é coisa de crente, eu não gosto”. Ela foi taxativa dizendo: “Você não está em condições de escolher nada. Se for de crente e resolver o problema dela?”

Isso é coisa de crente, eu não gosto!

Ele perguntou a esposa o que ela achava e ela disse que seria o último lugar que ela iria, se o problema dela não fosse resolvido lá, ela daria um fim em sua vida.

Quando José chegou ao galpão, ele procurou o pastor Mário de Oliveira para contar sua história, como fazia em todos os lugares que ia, ele simplesmente disse: “Você não precisa me contar nada não, quem vai resolver seu problema já sabe; fica aí e assiste ao culto”. Ele ficou chateado com o Pastor, e pensou em ir embora, mas quando olhou para a esposa resolveu ficar só para ver o que iria acontecer.

Quando o pastor Mário subiu no altar e disse: “A todo povo de Deus boa noite!” Algo aconteceu, eles jamais souberam explicar, mas aquele simples boa noite teve o poder de trazer paz ao coração deles. Eles ouviram a palavra e na hora da oração, sua esposa caiu no chão, tomada por um espírito maligno que se retorcia, porque sabia que havia chegado ao fim seu império de sete anos. Quando acabou a oração, ela ficou no chão como morta, o Pastor Mário mandou que a chamassem pelo nome, e ela se levantou para nunca mais cair. Levantou liberta, limpa e salva pelo poder de Jesus.

Naquele dia começou um novo tempo para a família Braz. Eles saíram daquele culto “CRENTES”, como eram chamados os cristãos. Voltaram para casa trazendo a presença de Deus para o seu lar. Aceitaram o Senhor Jesus como Senhor e salvador, foram batizados no primeiro batismo realizado pelo Rev. Mario de Oliveira, em 27 de outubro de 1974. A partir dali, não perderam nenhum culto. Em pouco tempo, atuavam como colaboradores. Ele tocando guitarra e ela ajudando como zeladora da igreja, que se tornou a segunda casa deles.

A alegria passou a reinar no lar deles como nunca. Eles estavam felizes, com a cura, mas continuavam muito endividados. Ele ouviu falar sobre a fidelidade nos dízimos e nas ofertas, mas foi resistente pois pensava em pagar as dívidas para depois se tornar um dizimista. No primeiro mês, ele não dizimou e não conseguiu pagar as suas dívidas; no segundo mês, ele tomou uma decisão, a primeira coisa que faria com seu salário seria devolver o dízimo, e com o que sobrasse, ele pagaria o que desse, e assim ele fez. Naquele mês ele foi surpreendido pelo patrão que lhe disse que o lucro deles havia sido maior do que o esperado e que eles decidiram dar a ele uma gratificação. Com esse dinheiro, ele pagou todas as dívidas. Deus passou a ser tudo naquele lar, e até hoje continua sendo.

Algum tempo depois, o irmão José, como passou a ser chamado, foi enviado para ajudar na Igreja do Evangelho Quadrangular do bairro Glória, pois era mais perto de sua casa, foi auxiliar o Pastor. Nesse tempo, nasceu sua quinta filha, Priscila. Ele estava fazendo o Instituto Teológico, e ainda não havia sido credenciado quando foi enviado a uma missão: dirigir uma Congregação na casa de um dos membros, irmã Divina, no bairro Pindorama.

Os cultos aconteciam em uma pequena sala de 4×4, onde as pessoas se exprimiam para ouvir a palavra de Deus, naquela pequena congregação Deus curou a adolescente Glaucilene que tinha disritmia cerebral. O testemunho dela fez com que aquele salão ficasse impraticável. Foi assim que a Igreja do Evangelho Quadrangular do Pindorama foi fundada em 09 de julho de 1980. Mesmo ano em que José das Dores foi consagrado como obreiro.

O Pr. José das Dores, conhecido como irmão José, alugou um salãozinho na esquina da Rua Guararapes com a Rua Macarena, um antigo bar, no bairro Pindorama onde acomodou uns 20 bancos azuis sem encosto. Ele precisava ir para um lugar maior, não cabia mais ninguém na casa da irmã Divina, mesmo com poucos recursos alugou pela fé, mas ele tinha certeza que Deus estava no controle.

Aos poucos, aquele salão simples já estava lotado, ganhando almas pra Jesus e atraindo pessoas para ajudar e fazer a obra acontecer naquele lugar. Algumas pessoas saíram da IEQ Glória e foram para o Pindorama para ajudar no começo da igreja. Como foi o caso do Pr. Fabiano de Oliveira (Diretor da Revista Aliançados) e seus primos inseparáveis Eli Soares e Ney Soares. Foram também, o Pr. Moura e sua esposa Lurdinha.

A simplicidade do Pr. José e da sua esposa Neves, sempre foi  contagiante.  A alegria deles de servirem a Deus e a paixão pela Igreja Quadrangular envolviam a todos que se aproximavam deles. Aos poucos já tinha um grupo trabalhando e apaixonados pela IEQ Pindorama. Ele tinha emprego e trabalhava ainda com uma velha Kombi onde vendia ovos para ajudar na renda familiar.  E dizia de forma bem humorada, que lhe é peculiar:

Meus filhos vão ficar BRANCOS de tanto comer ovos!

Ele morava em uma casa simples no bairro novo Glória com cômodos que ainda tinham piso de terra batida, nem o contra-piso existia.  Mas recebiam as pessoas, os membros da igreja com tanto carinho que não se sabe explicar, e eram momentos prazerosos e de muitas alegrias, aconselhamentos e “zuação”. Aqueles momentos na “cozinha da Neves” são inesquecíveis para mim, para meus primos e todos que por lá passaram”, afirma o Pr. Fabiano de Oliveira, Pastor da IEQ Vale Encantado em Vila Velha – ES.

Certo dia precisou tomar uma difícil decisão. Uma família da igreja precisa do apoio dele urgente no horário comercial e ele estava trabalhando. Então largou tudo para ajudar aquela família e, em seguida, ele viu que a obra de Deus precisava dele em tempo integral. Em uma atitude de Fé, ele abandonou o melhor emprego para viver integralmente em favor da obra de Deus.  Passando a receber da igreja o que dava de dízimo. Nesse tempo, apesar de ter que baixar o padrão de vida da família, nunca se sentiram tão felizes.

Ele sempre dizia aos filhos: “Agradeçam a Deus, pois fome vocês nunca irão passar”, e de verdade Deus sempre foi a provisão de sua família. Talentoso como ele sempre foi, tocava o violão com uma caixinha de som que fazia o céu descer naquele lugar com os louvores entoados. Vale lembrar que ele foi o primeiro contra-baixista da Primeira Igreja na Rua Lagoa Santa.

“Eu tocava baixo, depois começaram a chegar uns meninos na igreja (Pr. Joaquim Catagalli) e eles assumiram o louvor”

Com os grupos missionários organizados na igreja, fez as eleições internas para escolher seus Presidentes dos Grupos. Os grupos começaram a se mobilizar para ajudar a igreja. Os jovens cuidavam do ministério de louvor, compraram bateria, caixa de som e contra-baixo. Os filhos Ozias e Oracy começaram a tocar formando um bom grupo de louvor na igreja. Umas das grandes atrações da Juventude mineira era o UNI-JOVEM, evento estadual que acontecia uma vez por mês em uma igreja sorteada, onde centenas e centenas de jovens da grande BH se mobilizavam em caravanas, para participarem dessa tarde de domingo mega abençoada.

Muitas igrejas queriam receber o UNI-JOVEM, era impactante aquela multidão de jovens chegando aos bairros, tomando as ruas numa grande alegria e fazendo a obra de Deus. Mas, coube a Deus que em uma das reuniões estaduais de Presidentes de Jovens, a IEQ Pindorama ter sido sorteada para receber o UNI-JOVEM. Naquele dia estava na reunião estadual o Eli, Presidente de Jovens daquela época, que muito contribuiu no início da igreja (dentre outros) e os assessores Fabiano e Ney. Os três se olharam, arregalaram os olhos e se perguntaram: “E AGORA, o que vamos fazer para acomodar tantos jovens?” Manifestaram-se com um sinal de positivo para o Coordenador Estadual. Felizes e assustados voltaram para o Culto de Jovens daquele sábado para levar a boa notícia para o Pastor José das Dores e para os jovens.


Como o salão da igreja era pequeno para o evento, alguém falou que havia um galpão vazio para alugar, na Rua Macarena 353, onde funcionava uma marcenaria. Então os jovens solicitaram ao Pastor para alugar somente para aquele dia. Prontamente, como sempre, ele topou e os jovens do Pindorama estavam eufóricos para receber aquele grande evento Quadrangular.  Foram alguns dias para adaptação do galpão para receber o UNI-JOVEM, inclusive vários jovens viraram a noite carregando terra para fazer o altar, decoração e toda limpeza necessária do local. Foi lindo ver toda aquela multidão de jovens chegando em mais ou menos 15 ônibus que lotaram a rua Macarena e ruas vizinhas. Um evento que marcou a história da igreja.

Naquela mesma data, o Pastor José também fez o culto na noite daquele domingo no galpão alugado apenas para aquele dia.  Ele disse que aquilo parecia um sonho, com os bancos azuis sem encosto, com os irmãos que ocupavam apenas 30% de todo galpão. Suas palavras naquela noite trouxeram renovo para toda igreja, mas em especial para os jovens que estavam cheios de unção depois daquela tarde maravilhosa.  Outra vez eles foram até ao amado Pastor José e sugeriram que ele alugasse aquele galpão para a igreja. E ele, com lágrimas nos olhos, disse que a igreja não arrecadava o suficiente para pagar aquele aluguel, mas ele sentiu de Deus que não estava sozinho, os irmãos abraçaram a causa com ele. Pela Fé ele alugou o imóvel na Rua Macarena, 353 e no final do mês, o milagre aconteceu, o dinheiro entrou e ele pagou o aluguel em dia, e assim foi sucessivamente para a Glória de Deus.

Outro milagre aconteceu…

O proprietário queria vender o imóvel e mais uma vez o Pr. José disse que não tinha dinheiro para comprar e nem pagar prestações. Mas ele colocou a igreja em oração, sua Fé somada ao amor da igreja pela obra, deu a ele a segurança necessária para fechar o contrato de compra do imóvel.  Deus mais uma vez respondeu!  A primeira prestação veio, e ele pagou; depois a segunda, a terceira e assim foi até quitar a última parcela – Deus estava no controle de tudo.  Com isso a igreja cresceu, muitas almas foram salvas para Cristo e se batizavam e o coração do Pr. José das Dores, também o da Neves e o da família foram agregando pessoas e mais pessoas, que hoje formam essa multidão de irmãos, de amigos, admiradores, filhos na fé e netos do coração, apaixonados por essa família querida.

Já em 1984, ele foi levado a Aspirante, e consagrado Ministro do Evangelho na Convenção Nacional de 1986. Nesse tempo nasceu seu sexto filho, David, que o Senhor levou aos 6 meses de idade, foi grande a comoção.
Em 1987, o Pr. José das Dores foi convidado para se tornar o Superintendente da 10ª região. A IEQ Pindorama pertencia à 1ª Região da grande BH, na liderança do Rev. Joaquim Cantagalli, mas agora se tornou a Sede da 10ª. Região que cresceu e já se multiplicou algumas vezes.

Em 1999, foi eleito para o cargo de 2º Vice-Presidente do 1º Conselho Estadual de Minas Gerais, cargo que ocupa até os dias de hoje pelo 5º mandato consecutivo.

 

Pr. José das Dores e Neves com o ex-Prefeito de Matozinhos e Lideranças da IEQ Matozinhos

Mas uma vez Deus faz uma nova virada na vida e no Ministério do Zé das Dores. Em dezembro de 1999, ele assumiu a 1ª IEQ de Matozinhos-MG, um município a 50 KM de BH, mudando-se para essa cidade que ganhou seu coração e onde está até hoje como Pastor titular.  Em seguida ele nomeou a Pra. Olivia Braz, sua filha primogênita para assumir a IEQ Pindorama. Ela deu continuidade ao trabalho no Pindorama, realizando um imenso Ministério nestes 20 anos. Comprou um terreno ao lado e construiu uma grande e linda igreja, dando mais orgulho para seu pai. Ela é também a Coordenadora Estadual de Mulheres da Quadrangular em Minas Gerais.

Na cidade de Matozinhos, quando todos estavam pensando que ele iria se aposentar, tirar o pé do acelerador, (que não é do seu feitio), ele recomeçou do zero, reformando, construindo, comprando terrenos, pastoreando, quebrando tabus, e foi o primeiro Pastor evangélico da cidade a conseguir se eleger como Vereador, fazendo um ótimo mandato e construindo amizades duradoras, inclusive com o Prefeito Antônio Divino de Souza.

De amizades duradoras o Zé das Dores entende muito bem. Do Ministério abençoado nasceram muitos Pastores e Líderes, alguns estão em Minas e outros pelo Brasil afora. Mas a grande maioria continua debaixo de sua cobertura espiritual, do seu pastoreio, mesmo distante, como é o caso do Pr. Adriano, Supervisor do Rio Grande do Norte e do Pr. Fabiano, Diretor Executivo dessa Revista.

Como um Pai de multidão ele continua ligado a todos, sempre aconselhando, orientando, brincando e puxando as orelhas quando se faz necessário. Ele e sua fiel escudeira Neves, a querida esposa, possuem um carisma diferenciado. O jeito simples de ser, a boa companhia, a boa prosa e a comida maravilhosa da Neves são irresistíveis. Não é à toa que nas últimas comemorações do seu aniversário a família se reúne com muitos amigos que lotam o sítio do irmão Nicolau em Matozinhos para dar aquele abraço apertado e saborear a comida maravilhosa da Neves.  Pode-se ter certeza que nesse dia a alegria, brincadeiras, comida boa e muitas zuações estão garantidas.

A história de vida do Pastor José das Dores se confunde com a de grandes heróis  da bíblia. Mais uma vez  Deus  mostra  seu infinito amor;  resgatando,  seu grande poder; transformando e sua generosidade;  usando alguém naturalmente improvável.

No saldo de sua atuação, já batizou mais de 600 pessoas, realizou mais de 200 casamentos, já apresentou mais de 250 crianças e abriu mais de 40 igrejas. Esse é só um capítulo de uma história que não cabe um ponto final, só vírgulas e reticências. Hoje aos 80 anos de idade, ele parece estar apenas começando…

Há ainda muito que se contar sobre esse formidável homem de Deus, mas esperamos do fundo do coração que a vida dele continue sendo uma fonte de inspiração para todos nós! Parabéns Pastor José das Dores!

Fabiano Oliveira Jr, Gabriela Oliveira, Diretor e Pr. Fabiano, Dona Neves, Pr. José, Pra. Ana Lucrécia Oliveira, Ana Carolina Oliveira e Anna Luiza Oliveira

 

Pr. José das Dores Braz 

Superintendente da 10ª Região da IEQ de Minas Gerais;
Vice-Presidente do Conselho Estadual de Pastores da IEQ-MG;
Ex-Vereador de Matozinhos;
Casado com Maria da Neves há 57 anos.

4 comentários sobre “Pastor José das Dores, uma história de amor, superação e fé

  1. Maravilhosa história. Me orgulho muito por ter conhecido esta família grandemente abençoada, onde o pr. José das Dores e d. Neves , cuidaram da minha vida espiritual , por muitos anos ,porque mesmo eu tendo sido batizada no mesmo dia que eles se batizaram, após conhecer a IEQ Glória 3 meses antes da data do batismo, eu sofria de uma gravíssima depressão e chorava muito e tinha vontade de morrer .Eles com todo amor , carinho, e paciência me deram o suporte espiritual necessário para que eu entendesse que só o Senhor Jesus solucionaria esta enfermidade , e me daria vida . Se sou apaixonada pela palavra de Deus, e a obra Dele é porque este casal me acolheram me discipularam e me ensinaram , baseado neste versículo, ” Escondi a tua palavra no meu coração para eu não pecar contra ti ” Salmos 119:11, versículo de minha preferência… Sou imensamente grata ao Senhor Jesus pelo privilégio de ser a primeira professora da escola dominical da pra. Olivia da qual hoje se tornou a coordenadora Estadual de Mulheres de MG. Professora tbem do Osias. E a palavra para esta família mega abençoada é : GRATIDÃO, GRATIDÃO, GRATIDÃO….. Louvo a Deus por fazer parte da história de vcs . Amo muito esta família .Que o nosso grandioso Deus os envolva a cada dia mais , derramando ricas bênçãos! Toda sorte de bênçãos estejam sobre esta família hoje e sempre !!!

    • E ainda se for relatar tudo aqui , daria um belo livro , porque tem muita coisa a ser mencionada a respeito da família Brás….

    • Que testemunho maravilhoso Pra. Lurdinha, fomos contemporâneos de uma época inesquecível. Comungamos desse mesmo sentimento pelo casal Bráz e toda família. Deus continue abençoando voces!

  2. O pastor José sempre estará em minha lembrança como o pastor da segunda chance. Havia me desviado dos caminhos aos 17 anos e ele depois de me dar um sermão e me colocar no banco dos reservas (😁) me convidou a voltar ao lar e me reergueu da situação em que me encontrava

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