O governo declarou estado de emergência em seis áreas do país

Hoje, dois terremotos consecutivos de magnitudes 7,7 e 6,4 atingiram Mianmar por volta das 7h, horário de Brasília. O tremor teve epicentro na cidade de Sagaing, onde a antiga ponte da cidade (Ava) desabou. Tailândia e China também sentiram o forte terremoto hoje. O abalo causou danos em vários edifícios, como o aeroporto Mandalay, e afetou também a igreja e os cristãos perseguidos em Mianmar. 

Por causa da crise gerada pelo abalo sísmico, o governo militar de Mianmar declarou estado de emergência em seis áreas: Divisão de Mandalay, de Bago, de Magway, de Sagaing, estado de Shan e a capital, Naypyitaw. “A comunicação por telefone fixo está interrompida, e os moradores estão enfrentando desafios para se comunicar uns com os outros. Na maioria das áreas, a internet também ainda está cortada, então não conseguimos receber informações rapidamente”, relata Daisy Htun (pseudônimo), parceira local da Portas Abertas em Mianmar. 

“Até agora, sabemos que o aeroporto de Mandalay também foi danificado. Temos a confirmação de que duas igrejas foram afetadas, sendo que o pastor e dois diáconos de uma delas ficaram feridos”, compartilha Daisy. A Divisão de Sagaing é uma das áreas preocupantes, pois é uma zona de conflito. Por enquanto, não há notícias sobre a situação dos cristãos nessa região.  

O poder da oração 

Pouco antes de os tremores começarem, a Portas Abertas estava fazendo um treinamento em uma das igrejas afetadas. Daisy compartilha gratidão por não haver feridos no local. Ela também conta que “o edifício de nossos parceiros locais que cuidam de crianças está danificado, mas, felizmente, não há vítimas”. 

Outra área de atenção é o estado de Shan, que é controlado por grupos armados étnicos, onde muitos deslocados internos vivem por causa do conflito. Como muitos edifícios foram danificados pelo terremoto na região, estima-se que o número de deslocados internos aumente ainda mais agora. 

Daisy continua pedindo orações. “Agora, as pessoas, cristãos e não cristãos, estão em um estado de desesperança, pensando em sua própria sobrevivência. Para a igreja em Mianmar, na qual muitos já foram afetados pela guerra e forçados a se tornarem deslocados, isso pode ter um efeito cumulativo. Eles já experimentaram o golpe, há dificuldades econômicas e, agora, um desastre natural os atingiu.”