Aliançados

Devocional – Disfarces

Leitura Bíblica:
2 Crônicas 18.28-34


[Vocês] conhecerão a verdade, e a verdade os libertará (Jo 8.32).


Quando eu era criança, minha mãe costumava fazer bolachas e, para que se conservassem por mais tempo, guardava parte delas no congelador, a fim de servir em ocasiões especiais. Eu podia comer bolacha quando quisesse, mas, para mim, era mais atrativo pegar no congelador. Geralmente, elas ficavam guardadas em potes resistentes, com tampa. O que eu não sabia era que, por causa do frio e do fato de estar bem fechada, a tampa poderia quebrar se eu a forçasse demais, e certo dia foi isso que aconteceu. Agora, como encarar minha mãe? Primeiro, eu não devia pegar as bolachas do congelador. Segundo, quebrara a “bacia”. Sabia que meu segredo seria descoberto cedo ou tarde.
Não é assim na nossa vida? Enquanto andamos na linha, tudo parece bem. Mas, quando cometemos algum erro, parece que, quanto mais tentamos esconder, mais imprevistos acontecem para trazê-lo à tona. Veja a situação de Acabe, o rei de Israel citado na leitura bíblica. Ele havia desprezado o profeta que o avisara de que morreria na batalha. Ele simplesmente queria ir à luta e não estava disposto a voltar atrás. Mas, sabendo do risco, optou por um disfarce. Quem sabe, assim não seria reconhecido nem morto. Mesmo assim, no entanto, Acabe não foi poupado: atingido por uma “flecha perdida”, acabou morrendo, como tinha sido avisado.
Quando fazemos algo que não devemos, muitas vezes optamos por usar alguma “máscara” para tentar esconder o erro. No entanto, isso tira a nossa paz e alegria. Angústia, ansiedade e medo tomam conta: “E se alguém descobrir?” As mentiras que usamos para ocultar uma ação normalmente vão se acumulando, até nos deixar completamente enrolados. Mas isso não precisa acabar assim: temos a opção de trazer tudo à luz, reconhecer nossos erros e viver na verdade, sem disfarces ou máscaras. A verdade pode ter seu custo, mas traz também uma liberdade e uma paz de espírito que não têm preço.
Ingelid Gundt, Santo Augusto/RS
Os lábios que dizem a verdade permanecem para sempre, mas a língua mentirosa dura apenas um instante (Pv 12.19).

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