Seria hipocrisia dizer que as relações pós divórcio em sua maioria são amigáveis. Existe desgaste, feridas e muitas vezes o desejo de vingança – e quem sou eu (que nunca assinei um termo com base na Lei 10.406/2002) na fila do pão para fazer qualquer juízo de valor.

Ouso a dizer que o problema se torna ainda maior quando existem filhos, pois são eles que acabam sofrendo as consequências da relação (ou falta dela) entre os pais.

É preciso ter em mente que o divórcio ocorre no âmbito do homem e da mulher, de um casal que deixa de existir. Porém o papel de pai e mãe não se desfaz.

O vínculo desses papéis permanece nos filhos e não se acaba jamais. JAMAIS!

Honre, cuide e respeite o pai ou a mãe de seus filhos.

Isso é fácil? Com certeza não! Nada fácil, por isso mesmo é assunto para adulto e as crianças devem ficar de fora.

“Quem critica o pai, ofende a criança; quem desqualifica a mãe, fere o filho.”

Os filhos tem os pais como base e exemplo e ver que existe paz e um relacionamento de respeito faz com que se tornem adultos menos conflituosos, pois veem que os pais são exemplos de maturidades, equilíbrio e sabedoria. Aquela velha máxima: “o exemplo arrasta”.

Tem muita gente que incentiva a treta, eu sempre prefiro ir pela paz, sentar em uma mesa redonda!
Enfim e por último, grave isso: é possível recomeçar sem se esquecer por onde passou! ?

Bárbara Néspoli

Advogada especialista e atuante em Direito das Famílias e Sucessões, membro consultora da Comissão Especial de Direito de Família e Sucessões do Conselho Federal da OAB/OAB Nacional.

Palestrante e criadora de conteúdo digital no instagram @barbaranespoli.adv

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